
Entre 1830 e 1870, atravessou a cultura francesa uma corrente que se juntou inseparavelmente aos acontecimentos sociais e políticos, à excitação científica, a hábitos e moral renovados.
O realismo ganhou autonomia relativamente às anteriores formas de arte que assentavam em verosimilhanças e surgiu como um movimento historicamente distinto.
Pode dizer-se que a principal característica do movimento realista reside no interesse pelo mundo contemporâneo. Para estes artistas, o único processo de dar forma a uma necessidade expressiva autêntica é obsevar a realidade em que se inserem e reproduzi-la honestamente.
Neste movimento são novidade as teorias perceptivas, os interesses sociais e da concepção da História.
Assim, nesse contexto, podemos ver como é aqui que começam a aparecer as pessoas vulgares entregues às suas actividades diárias, a paisagem urbana, a província rural.
De uma certa perspectiva, desenhou-se o activo compromisso político de um artista como Honoré Daumier que lutava contra a monarquia publicando imagens por si criadas e utilizando para tal a litografia como principal meio de expressão.
Por outro lado, promovida por um grupo de artistas que (em épocas diferentes mas principalmente em 1849) se juntaram em Barbizan, deu-se a fuga à realidade urbana e ao compromisso político que lhe estava associado. Estes teorizaram uma pintura de paisagem em “plein air” e procuraram o contacto com a natureza morta, analisando as suas manifestações.
Rosseau foi um dos mais ilustres dessa escola.
De salientar que tal, também só foi possível porque surgiram as primeiras bisnagas de zinco, que permitiam aos artistas levar para toda a parte pequenas porções de tintas variadas.
Interessaram-se pelo factor da decomposição da luz, nos seus quadros o ar transforma-se num suave véu, a luz numa substância atmosférica que completa todo o espaço pictórico. Com o seu traço solto, distanciaram-se do estilo pictórico liso, adoptado do Classicismo e na época ainda obrigatório nas academias.
Com Jean-François Millet, a pintura é transportada para a autenticidade da vida do homem vulgar.
A adesão de Courbet à vertente ideológica-política do movimento é total e a sua participação no debate crítico de que nascerá a poética realista é de grande importância; a sua pintura tende a reproduzir factos materiais num estilo que não agrada à sensibilidade do público conformista da época.
Em 1867, a 2ª Exposição Universal de Paris é inaugurada num clima muito diferente. Courbet preparou novamente um pavilhão pessoal (como havia feito na primeira), mas já não estava só, muitos o seguiram, como o jovem Manet.
Fora da França o realismo não revelou características tão autênticas e significativas.
O realismo ganhou autonomia relativamente às anteriores formas de arte que assentavam em verosimilhanças e surgiu como um movimento historicamente distinto.
Pode dizer-se que a principal característica do movimento realista reside no interesse pelo mundo contemporâneo. Para estes artistas, o único processo de dar forma a uma necessidade expressiva autêntica é obsevar a realidade em que se inserem e reproduzi-la honestamente.
Neste movimento são novidade as teorias perceptivas, os interesses sociais e da concepção da História.
Assim, nesse contexto, podemos ver como é aqui que começam a aparecer as pessoas vulgares entregues às suas actividades diárias, a paisagem urbana, a província rural.
De uma certa perspectiva, desenhou-se o activo compromisso político de um artista como Honoré Daumier que lutava contra a monarquia publicando imagens por si criadas e utilizando para tal a litografia como principal meio de expressão.
Por outro lado, promovida por um grupo de artistas que (em épocas diferentes mas principalmente em 1849) se juntaram em Barbizan, deu-se a fuga à realidade urbana e ao compromisso político que lhe estava associado. Estes teorizaram uma pintura de paisagem em “plein air” e procuraram o contacto com a natureza morta, analisando as suas manifestações.
Rosseau foi um dos mais ilustres dessa escola.
De salientar que tal, também só foi possível porque surgiram as primeiras bisnagas de zinco, que permitiam aos artistas levar para toda a parte pequenas porções de tintas variadas.
Interessaram-se pelo factor da decomposição da luz, nos seus quadros o ar transforma-se num suave véu, a luz numa substância atmosférica que completa todo o espaço pictórico. Com o seu traço solto, distanciaram-se do estilo pictórico liso, adoptado do Classicismo e na época ainda obrigatório nas academias.
Com Jean-François Millet, a pintura é transportada para a autenticidade da vida do homem vulgar.
A adesão de Courbet à vertente ideológica-política do movimento é total e a sua participação no debate crítico de que nascerá a poética realista é de grande importância; a sua pintura tende a reproduzir factos materiais num estilo que não agrada à sensibilidade do público conformista da época.
Em 1867, a 2ª Exposição Universal de Paris é inaugurada num clima muito diferente. Courbet preparou novamente um pavilhão pessoal (como havia feito na primeira), mas já não estava só, muitos o seguiram, como o jovem Manet.
Fora da França o realismo não revelou características tão autênticas e significativas.

O realismo mostra uma cultura que esgrime a aceitação de uma herança romântica irrenunciável e a necessidade de a superar.
É estranho mas o realismo tem a sua consagração no momento em que o refluxo reaccionário, que se segue à derrota da revolução republicana e ao golpe de Estado de 1851, alcança o auge.
É estranho mas o realismo tem a sua consagração no momento em que o refluxo reaccionário, que se segue à derrota da revolução republicana e ao golpe de Estado de 1851, alcança o auge.
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