Tem como marca cores e formas expressivas (não realistas) e uma pincelada superficial que nega a perspectiva tridimensional.
Tratou-se de uma renovação radical da psicologia humanas.
Historicamente, o expressionismo teve o seu berço e propagou-se nos países de língua alemã entre 1900 e 1910, e rapidamente envolveu outras nações do Ocidente europeu.
O Expressionismo reflecte, à priori, a crise de valores que a Europa do capitalismo teve de enfrentar.
"A filha do povo ", de Modigliani
O sentimento da “perda da tradição”notou-se imediatamente no plano da linguagem. Especialmente, nas artes figurativas, a vanguarda propôs-se a recuperar as linguagens “primitivas”, achando-as mais eficazes para a expressão directa do mal-estar comum.
A arte expressionista entregou-se, então, a uma profunda incongruência: a que existe entre o significante utilizado e o conteúdo expresso.
A imagem foi simplificada, deformada, brutalizada, chegando a remeter-se para modelos arcaicos ou infantis, mas sempre “regressivos”. Por outro lado, a temática abrangida foi a da actualidade, afinal o seu objectivo último era “apontar o dedo” à civilização moderna e à burguesia.
Já que para os expressionistas a imagem pictórica era por si mesmo estática, baseavam-se numa questão fulcral: ” sendo assim, essa alguma vez poderá chegar a representar o movimento imparável que nos rodeia?”. Por oposição, estes artistas seguiram
a cor violenta e a linha quebrada.
No fundo, eles não negaram as formas do mundo exterior, mas a subversão dos princípios harmónicos da arte. A linguagem não desapareceu, inverteu-se
Marcella ", de Kirchner
Digamos que a segunda fase da vanguarda expressionista foi representada pela formação russo-bávora . Com estes pintores o subjectivismo anárquico transformou-se em dimensão lírica da cor, os temas sociais “modernos” foram substituídos pela nostálgica reconquista da pureza da natureza, ou pela emoção livre da superfície abstracta.
Assim, este movimento abriu-se a evoluções que foram muito além do primeiro grupo e de um certo momento histórico.

"Modelo junto a cadeirão de vime", de Munch
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